A Técnica 'Olhar, Sentir e Agir' na Palhaçaria Hospitalar"
A técnica de palhaçaria "Olhar, Sentir e Agir" envolve três passos fundamentais que ajudam o palhaço a estar presente no momento e a se conectar com o ambiente e as pessoas ao seu redor:
Olhar: O palhaço deve observar tudo o que está acontecendo ao seu redor, com atenção total. Isso significa não apenas ver com os olhos, mas perceber o ambiente, as pessoas, as emoções, e até mesmo os pequenos detalhes. É sobre estar aberto ao que o momento oferece.
Sentir: Após observar, o palhaço permite que essas informações sejam processadas emocionalmente. Ele sente o impacto do que viu e vivencia essas emoções de forma autêntica. A honestidade e a vulnerabilidade do palhaço diante do que ele sente é o que gera a conexão com o público.
Agir: Com base no que foi observado e sentido, o palhaço responde ao momento. A ação vem como consequência natural das duas etapas anteriores, e é muitas vezes uma reação espontânea e genuína. O importante aqui é não planejar antecipadamente, mas confiar na autenticidade da resposta ao que se está vivenciando.
Essa técnica foca em estar presente, vivendo cada momento com verdade e improvisação. No contexto hospitalar, a técnica "Olhar, Sentir e Agir" ganha uma profundidade especial, pois envolve não apenas a conexão entre o palhaço e o ambiente, mas também a sensibilidade em lidar com pacientes em situações vulneráveis, incluindo dor, medo e fragilidade.
Aqui está como essa técnica se traduz para o ambiente hospitalar:
Olhar: O palhaço hospitalar observa atentamente o que acontece ao seu redor. Ele não apenas vê os pacientes, os profissionais de saúde e o ambiente físico, mas também busca captar os sentimentos sutis, as expressões faciais, os gestos e o estado emocional dos pacientes e suas famílias. O olhar aqui é sensível e atento às necessidades e à atmosfera do lugar. Isso permite ao palhaço entender como ele pode ser mais acolhedor ou proporcionar uma pausa para alívio emocional.
Sentir: Ao observar, o palhaço hospitalar sente profundamente o que está sendo transmitido pelos pacientes, seja um olhar de esperança, um sorriso tímido ou até mesmo a tristeza e o medo. Essa empatia ajuda o palhaço a se conectar genuinamente com as pessoas. No ambiente hospitalar, o palhaço não impõe alegria, mas responde à energia que encontra, ajustando-se ao estado emocional de cada paciente e situação.
Agir: A ação do palhaço hospitalar, ao seguir a técnica, surge naturalmente como uma resposta ao que foi visto e sentido. Ele pode usar humor, gentileza, silêncio ou até mesmo uma simples presença calmante, dependendo do que o momento pede. A espontaneidade e a adequação ao contexto são fundamentais. A ação do palhaço aqui é terapêutica, pois pode oferecer conforto, diminuir a tensão ou até gerar um espaço para os pacientes e seus familiares relaxarem em meio à rotina hospitalar.
No âmbito hospitalar, a técnica "Olhar, Sentir e Agir" torna o palhaço um facilitador do cuidado emocional, criando uma conexão honesta que respeita as realidades de dor, mas que oferece espaço para a leveza e a alegria.
Aprenda um pouco mais sobre a técnica nesse vídeo abaixo 👇
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